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MPSC denuncia policial e segurança por morte em boate de Florianópolis: ‘brutalidade imoderada’

Rafael Azevedo de Souza e Gean Carlos dos Santos, policial e segurança envolvidos na morte de Thiago Kich de Melo, devem responder pelo crime ocorrido na última semana

O policial militar Rafael Azevedo de Souza e o segurança Gean Carlos dos Santos foram denunciados, nesta terça-feira (15), pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) por conta da morte do empresário Thiago Kich de Melo, 28, que foi baleado pelo PM e pisoteado pelo segurança na boate Sex Night, no Centro de Florianópolis, no dia 8 de outubro. O MPSC também entende que Gean, ao pisotear Thiago sequencialmente depois da vítima ter sido baleada, empregou meio cruel e, por conta da “brutalidade imoderada”, gerou sofrimento desnecessário à vítima.

Agora, a denúncia precisa ser aceita pela Justiça para que eles sejam submetidos a julgamento perante o Tribunal do Júri. O policial e segurança estão presos preventivamente desde o dia do crime – Rafael está no 4º Batalhão da PM em Florianópolis, enquanto Gean está na Penitenciária da Capital.

As defesas do policial e segurança ainda não se manifestaram sobre a denúncia, mas o espaço segue aberto para quaisquer pronunciamentos.

Defesas de policial e segurança alegam legítima defesa e falta de risco à sociedade

Cristina Azevedo, responsável pela defesa de Rafael, disse ao Cidade Alerta SC que o grupo de amigos já havia entrado na boate sem a intenção de pagar pelo que consumiu.

“Eles não tinham dinheiro para pagar a conta. Quando chegaram, já haviam feito uma confusão para não pagar a entrada. Na hora de sair, já tinham a intenção de não pagar a comanda porque não tinham dinheiro, não era uma questão de reclamar que o valor era maior ou não”, afirmou a advogada.

Ainda, ela entende que o policial não agiu de maneira equivocada ao sacar a arma e atirar em Thiago: “Ao nosso ver, foi uma legítima defesa de terceiro. O pessoal, quando agrediu o segurança, estava em cinco pessoas [contra ele sozinho]”, concluiu Cristina.

Marcos Paulo Poeta, advogado de Gean, afirmou que o fato foi “caso isolado” e que o segurança é “pai de família” sem histórico criminal e, por isso, deve responder em liberdade.

Marcos Paulo Poeta, advogado de Gean, afirmou que o fato foi “caso isolado” e que o segurança é “pai de família” sem histórico criminal e, por isso, deve responder em liberdade.